sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Words on the paper

O mundo está rodeado de palavras, e eu talvez tenha uma noção errada, ou talvez, não a melhor, do que é mundo... Isso também não importa. Estou ouvindo uma música do Lou Reed, depois de ler um trecho de uma entrevista do John Frusciante -> (universofrusciante.com/2012/06/o-anti-heroi-da-guitarra.html) em que ele diz que gostava de como as construções de acordes da música tinham um efeito sobre ele (nome da música Ride into the Sun - http://www.youtube.com/watch?v=36LTsWALHSM) e aqui estava eu pensando, consequentemente na minha vida e em como as construções de acordes dela me levavam pra onde eu vou. Sentado desconfortável na cadeira e percebendo como é possível ficar sentado desconfortável em uma cadeira e não fazer nada para mudar este fato. Talvez essa conversa sobre música nesta entrevista tenha me inspirado.. Depois dizem que a arte não é importante. Ou não dizem nada, simplesmente a ignoram, mas, como exemplo próprio, eu estou escrevendo isso e percebo que faço muitas outras coisas na minha vida, nos meus relacionamentos com as outras pessoas, na maneira como escrevo estas palavras e na maneira como eu penso, como sou influenciado pelo que eu vejo, ouço, leio, e admiro. Então não tem como dizer que a arte seja desprezível, ou sequer mereça ser ignorada. Parei agora para ler o texto do início, mas logo parei de reler, pois acho que isso iria influenciar no que estou escrevendo e gostaria de deixar as idéias e palavras fluírem. Não sei por que, mas a idéia de passar estas palavras pra alguém ler é interessante e me excita, mas ao mesmo tempo vejo isso como algo egoísta e um pouco narcisístico (não sei bem se essa palavra existe), mas logo penso que nós não devamos nos desmerecer pelas idéias que colocamos no papel, ou sequer sejam ditas. Posso visualizar em mim uma confusão, ou incerteza nos próprios pensamentos, mas escrever me ajuda a acabar com as incertezas, não que as incertezas sejam ruins, até as acho boas, e nunca gostei muito de pessoas convictas e imutáveis, as incertezas nos fazem ver diversos caminhos e observar as possibilidades. Eu gostaria de me julgar menos... E a sinceridade das palavras nessa folha é que me dizem pra não me julgar. Enquanto isso, eu continuo ouvindo repetidamente a música. Vou pular a janela pra fumar um cigarro e esperar uma garota, espero que ela saiba o quanto penso ela constantemente quando ela ler isso. O MUNDO É TOTALMENTE CRAZY AS PESSOAS SÃO LOUCAS QUANTAS COISAS PASSAM PELA NOSSA CABEÇA QUE NOS FAZEM QUESTIONAR A NOSSA SANIDADE? SE VOCÊ ACHA QUE LEVA UMA VIDA NORMAL, BEM VINDO AO CLUBE DOS LOUCOS POIS QUEM SE ACHA NORMAL AQUI SÃO OS MAIS FORA DA CASINHA POSSÍVEL TO DE CAPS LOCKS MAS NÃO TO GRITANDO NÃO!!!!!!! HEUHEAUHEAUEAHUEAUHEUHAEUAE DAMN, A MEDIC PLZ 10/08/2012 – 21:17 PM

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Despedida

Depois de falar tudo o que tinha a dizer
Com uma voz embargada, típico chorão
Ela me abraça forte
e diz
"Obrigado, isso é realmente importante pra mim"
silêncio..
silêncio...
"mas você sabe realmente como é.."
"eu sei, eu sei"
e eu a observei sair andando por alguns instantes, mas não muito
e fui andando também
e olhei para ela na diagonal que a quadra faz; (caminhos paralelos)
como sempre, nunca recebo os olhares de volta
só aquela sensação
de uma nova fase
do reconhecimento do que você é
mas acima de tudo
de algo real.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Good for you



Now you know, what I am, now I know what I am...
Now we know..
Now...

And then you go..
you and your silence..
you and your pain..
Don't think I could forget....
What I am..
And who are you.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Zappa My Cérebro

Não vim aqui pra falar de vazios estúpidos no estômago, vim só pra por uma música do zappa, tá bom.. duas:

The torture never stops



Watermelon In Easter Hay

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poema para os cachorros perdidos - Charles Bukowski

Aquele sentimento bom e raro vem nos momentos mais estranhos, certa vez,
depois de dormir
no banco de um parque numa cidade estranha acordei, minhas roupas
úmidas pelo leve sereno e me levantei e comecei a seguir para leste
direto para
a direção em que se erguia o sol e dentro de mim havia uma alegria sutil que
simplesmente estava ali.
em outra ocasião depois de pegar uma prostituta de rua seguimos às
duas da manha lado a lado sob o luar
em direção ao meu quarto barato mas eu não desejava levá-la para cama.
a alegria cândida brotou do simples fato de caminhar ao lado dela neste
universo
confuso - éramos companheiros, estranhos companheiros caminhando
juntos,
sem dizer nada.
sua echarpe branca e púrpura pendia de sua bolsa - flutuando no
escuro
enquanto caminhávamos
e a música poderia ter vindo da luz da lua.

então houve o tempo
em que fui despejado por não pagar o aluguel e carreguei as coisas da minha
mulher até a porta de um estranho e a vi desaparecer lá
dentro, fiquei ali um instante, ouvi primeiro a risada dela, depois a dele, então
parti.
eu seguia sozinho, eram dez da manhã e fazia calor, o
sol me cegava e tudo o que eu percebia era o som de
meus sapatos no calçamento. então
ouvi uma voz. "ei, parceiro, tem algum aí?"
olhei naquela direção e vi três mendigos de meia-idade sentados contra o muro,
as faces coradas,
ridiculamente acabados e perdidos. "quanto falta para
completar a garrafa?" perguntei. "24 centavos", disse um
deles. Meti a mão no
bolso, apanhei todos os trocados que eu tinha e lhe entreguei. "porra, meu velho,
muito
obrigado!" ele disse.
Segui em frente, então senti vontade de um cigarro, vasculhei
meus bolsos, senti um pedaço de papel, puxei-o
para fora: uma nota de 5 dólares.

noutra vez aconteceu enquanto eu brigava com o garçom, Tommy (de novo),
no
beco atrás do bar para divertimento dos fregueses, eu levava a
costumeira
surra, todas as garotas em suas calcinhas provocantes torcendo pelo seu
irlandês musculoso ("oh, Tommy, acabe com ele, cague a pau o veado!"
quando alguma coisa estalou em meu cérebro, meu cérebro disse apenas,
"é hora de algo a mais", e acertei um mata-cobra pesado na parte lateral
da cabeça de Tommy e ele me olhou como dizendo: espere isso
não está no script,
e então disparei outro e pude ver o medo emergir
de dentro dele numa torrente, e o
liquidei com rapidez e então os fregueses o ajudaram a voltar para dentro
enquanto
me amaldiçoavam. O que me encheu de alegria
aquela silenciosa risada lá no fundo do peito foi saber que fiz o que fiz
porque há um limite para a resistência de qualquer homem.
segui até um bar desconhecido na outra quadra, sentei e pedi uma
cerveja.
"não servimos mendigos aqui", me disse o atendente. "não sou mendigo",
eu disse, "traga a cerveja duma vez." a cerveja
chegou, tomei logo um gole e lá estava eu.

sentimentos bons e raros surgem nos momentos mais estranhos, como agora
enquanto lhes conto tudo isso.

Charles Bukowski

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terça-feira, 26 de julho de 2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

AHH

Eu sou realmente um clichê ambulante.. principalmente nos assuntos que condizem ao amor.. amor.. essa palavra tem que significado?
As vezes ela me faz querer mudar, não sei se em favor ao amor.. mas mudar pra assumir uma postura fria e metálica, insensível.. tentar manipular as partes do corpo para que parem de mandar mensagens de pane ao cérebro..
mas reconheço que essas palavras só podem soar patéticas a quem não vive esse antro de picos de angústia e euforia que assola os amantes..

um grande FODA-SE pra mim!